30 abril 2010

Impossível de Ignorar

As visitas falam por si: quase 15000.

Um enormíssimo obrigado a todos os interessados pelo trabalho. Foi feito com o que a ciência precisa: persistência, paciência, objectividade e, acima de tudo, dedicação.

Que usem o nosso trabalho e se informem. Não comam a primeira coisa que vos metem no prato. O sabor da caça é sempre melhor do que um qualquer bicho de curral. Um olhar a fundo muda vidas.

Um (talvez) último pedido de desculpas por não podermos continuar esta saga pelo desconhecido, mas a vida requer mais de nós do que podemos querer.

Uma vénia a vós, e um abraço. Que continuem o nosso trabalho, que foi para isso que o fizemos.

Um até já, que talvez nos possamos voltar a encontrar por aí.

OBRIGADO!

05 novembro 2008

De cabeça erguida e orgulho hasteado ao vento

Assim, nos despedimos de vós, caros amigos e amigas. Assim damos um fim à nossa jornada informativa, à nossa intensiva pesquisa, ao nosso trabalho de um ano, a muitas horas das nossas vidas, a demasiados minutos a gastar letras e segundos em demasia para serem sequer pronunciados.

Orgulhosos por vocês e não pelo nosso trabalho, agradecemo-vos a paciência e a atenção que nos dedicaram. Desculpas pedimos tantas quantos os segundos gastos a erguer este blog e a forjá-lo de raiz, mas pensamos que compreendem.

A falta de tempo é a coisa que mais abunda por estes lados e percebem, que embora ele passe rápido e nos saiba bem, simplesmente mal respiramos.

Daí, o fim. Daí a MORTE. Não a morte que os Deuses nos oferecem, mas sim uma pausa prolongada e dela se espera que surja uma semente, e dela cresçam novos caules que cobrirão tudo e agitarão aos suas folhas ao vento e então se ouvirá pelo mundo que alguém tinha razão.

DE CABEÇA ERGUIDA, DEDOS GASTOS, OLHOS VESGOS E CANSADOS, COSTAS DORIDAS E ORGULHO HASTEADO AO VENTO,
ANUNCIAMOS O FIM DE UM CICLO.

Um finalíssimo OBRIGADO.

Um abraço a todos os que dedicaram mais do que meio segundo a ler tudo isto,

RICARDO, TIAGO, JOÃO e NUNO

28 agosto 2008

CÁ ESTAMOOOOOOOOOOS!!!

Bem, como prometido cá nos encontramos. Embora tenha demorado uma pequena eternidade a voltarmos cá (férias não deixam de o ser, não é?) voltaremos a trazer-vos mais informação e relatos estranhos deste bizarro mundo nosso.

Antes demais, um grande THANK U a todos os que se têm dado ao trabalho de vir cá, já que isto da Criptozoologia não é para todos....

Bem, depois deste regresso ainda não há nada de maior para vos mostrar, mas para aqueles que se mantêm interessados na coisa:

CANAL HISTÓRIA, TODAS AS 6ª FEIRAS ÀS 22.00 ESTÁ A DAR UM PROGRAMA SOBRE... vamos lá ver se algum de vós adivinha....CRIPTOZOOLOGIA!!!!!!

Enquanto nós não trazemos nada de novo bem que podem ir deitando um olhinho ao programa que promete ser bastante interessante! =)

26 junho 2008

DE VOLTA!!!!!!!

Viva o Verão e as férias, o fim da escola e de Área Projecto, vivam as notas bem dadas e merecidas, viva um ano ao ar só para uma disciplina, viva o cano de esgoto para onde todo o nosso trabalho foi! VIVA!

Estamos de volta, como devem já ter reparado, aliás. Dadas as notas, pedidas outras, por entre amuos e resmungos lá chegámos ao fim de mais um ano. Perdão, não é só mais um, afinal, fomos definitivamente lançados às feras!


Como o nosso blog não foi só para mostrar serviço, vimos em plenas férias (oh, deuses, terão as crianças endoidecido??) continuar o nosso projecto. Porque somos responsáveis e nos comprometemos à nobre tarefa de informar quem sabe ler português, vamos continuar a dar-vos notícias deste nosso fantástico e bizarro mundo. Não pensem que se livram de nós assim tão facilmente, não é por acharmos 18 pouco e 17 ainda menos que vos vamos deixar de vez... nem pensem isso sequer!

Bem, basicamente, viemos só dizer um olá grande, prometer novas informações e pedir desculpas porque, infelizmente, não vamos poder «perder» tanto tempo com o nosso blog.

BOAS FÉRIAS A TODOS!!!!!

03 junho 2008

FILMES FILMES FILMES!!!!!

Feita a apresentação final, que é como quem diz, a palestra sobre a Criptozoologia, e entregue o nosso trabalho escrito com coisa de 35 páginas a cores (agradecimentos ao Conselho Executivo pelo papel e tinteiros), podemos afirmar com todo o prazer: OBJECTIVO CUMPRIDO!

Publicamos, agora, os dois vídeos que fizeram a palestra, ou seja, o que lhe deu início e o último de todos.


Este segundo, é o videoclip de uma banda chamada The Automatic. Basicamente, mostra como é que a Criptozoologia se encontra camuflada por entre a nossa sociedade e como é que esta a vê.

24 maio 2008

Pois é, até nas notícias!!!

Como já ouvimos dizer, a Criptozoologia é a ciência que todos conhecem mas nunca ninguém ouviu falar.

Queremos com isto dizer, que apesar de muitos críptidos serem conhecidos um pouco por todo o mundo, quase ninguém faz ideia que existe MESMO uma ciência que se dedica, de corpo e alma, ao estudo destes bicharocos que teimam em não aparecer.

Qual não foi o nosso espanto, quando ao abrirmos a revista Super-Interessante do passado mês de Fevereiro, encontrámos quatro páginas inteiramente dedicadas à nossa amiga e conhecida lula gigante. Ainda mais espantados ficámos, quando, por entre as linhas do documento surgiu um nome bem nosso conhecido que não estávamos à espera: Criptozoologia.

A referência à «nossa» ciência não passava de uma simples palavra entre tantas outras, mas esta foi a primeira vez que encontrámos o seu nome escrito numa revista reconhecida e na nossa língua. Não é que não haja informação aqui na net, mas graças a fontes incorrectas ou a pessoas que acrescentar um novo ponto ao conto, os nossos «primos» brasileiros (sim, podemos afirmar com todo o orgulho que somos a única fonte online sobre a Criptozoologia editada em português e por portugueses) conseguem confundir a Criptozoologia com a Ufologia e afins...

Não será, então, de espantar que o descrédito reine sobre a Criptozoologia.

Pois bem, despedimo-nos com um recorte de jornal... Não a primeira vez que este peixito vos aparece aqui no blog, mas este ainda consegue ser maior que o outro... Vejam só o tamanho do senhor mergulhador a segurar na cauda deste «wanna be caldeirada»...

17 maio 2008

O desacreditar céptico


«A meu ver, não há qualquer razão que leve as pessoas a acreditar na existência de monstros em lagos»

Steuart Campbell

A confirmação da existência do Nessie é algo que vai continuar a assombrar os criptozoólogos por muitos anos. Apesar das provas, evidências e raciocínios lógicos que levam à descredibilização do mito, o folclore e a crença em superstições antigas vão perpetuá-lo nos tempos que estão para vir…

A Ciência necessita, obrigatoriamente, de provas concretas que sirvam de base de apoio a uma determinada tese. E, de facto, existem provas mais do que suficientes para chegar a uma conclusão: “o monstro do Lago Ness não existe” (citação de muitos cépticos).

Todas as provas que indicam a existência de tal criatura ou foram falsificadas, ou mal interpretadas. Recordamos a fotografia do cirurgião como expoente máximo das falsificações e embustes sobre o monstro do Lago Ness. Quanto às provas mal interpretadas, damos o exemplo de avistamentos de lontras e troncos a flutuar, ingenuamente confundidos com o Kelpie, e manchas de cardumes em sonares, que de alguma forma se parecem um ser subaquático de grandes proporções.

A verdade é que, desde a criação deste mito, têm surgido centenas de avistamentos e provas materiais que apenas servem para ridicularizar o mito.

Monstro do Lago Ness



O primeiro relato de um animal de grandes proporções no Lago Ness chega-nos do livro «Life of St. Columba», escrito por volta do século sétimo depois de Cristo, por Adamnan. Aí, o autor relata-nos como é que, em 656 d.C., o Santo salvou a vida a um homem que estava a ser atacado por um «monstro»:

«[…] On another occasion also, when the blessed man was living for some days in the province of the Picts, he was obliged to cross the river Nesa [Ness]; and when he reached the bank of the river, he saw some of the inhabitants burying an unfortunate man, who, according to the account of those who were burying him, was a short time before seized, as he was swimming, and bitten most severely by a monster that lived in the water; his wretched body was, though too late, taken out with a hook, by those who came to his assistance in a boat. The blessed man, on hearing this, was so far from being dismayed, that he directed one of his companions to swim over and row across the coble that was moored at the farther bank. And Lugne Mocumin [Luigne moccu Min] hearing the command of the excellent man, obeyed without the least delay, taking off all his clothes, except his tunic, and leaping into the water. But the monster, which, so far from being satiated, was only roused for more prey, was lying at the bottom of the stream, and when it felt the water disturbed above by the man swimming, suddenly rushed out, and, giving an awful roar, darted after him, with its mouth wide open, as the man swam in the middle of the stream. Then the blessed man observing this, raised his holy hand, while all the rest, brethren as well as strangers, were stupefied with terror, and, invoking the name of God, formed the saving sign of the cross in the air, and commanded the ferocious monster, saying, "Thou shalt go no further, nor touch the man; go back with all speed." Then at the voice of the saint, the monster was terrified, and fled more quickly than if it had been pulled back with ropes, though it had just got so near to Lugne, as he swam, that there was not more than the length of a spear-staff between the man and the beast. Then the brethren seeing that the monster had gone back, and that their comrade Lugne returned to them in the boat safe and sound, were struck with admiration, and gave glory to God in the blessed man. And even the barbarous heathens, who were present, were forced by the greatness of this miracle, which they themselves had seen, to magnify the God of the Christians. […]»

04 maio 2008

O "Polvo Gigante" segundo Júlio Verne


“Olhei também e não consegui reprimir um movimento de repulsa. Diante dos meus olhos, agitava-se um monstro horrível, digno de figurar nas lendas teratológicas. Era um calamar de dimensões colossais, com oito metro d
e comprimento. Avançava às arrecuas com extrema velocidade em direcção ao Nautillus, que fixava com os seus enormes olhos verde-mar. Os seus oito braços, ou antes, os seus oito pés, implantados na cabeça, que valeram a estes animais o nome de cefalópodes, tinham um desenvolvimento duplo do corpo e contorciam-se como a cabeleira das Fúrias. Viam-se distintamente as duzentas e cinquenta ventosas dispostas na face interna dos tentáculos, sob a forma de cápsulas semiesféricas. Por vezes, as ventosas colavam-se ao vidro do painel. A boca do monstro, um bico córneo semelhante ao bico de um papagaio, abria-se e fechava-se verticalmente. A língua, substância córnea, armada com varias fiadas de dentes agudos, saía trémula daquela verdadeira guilhotina. Que fantasia da natureza! Um molusco com bico de ave! O corpo, fusiforme e bojudo no meio, formava uma massa carnuda que devia pesar vinte a vinte e cinco mil quilos.”



20.000 Léguas Submarinas, by Júlio Verne, adaptado

A problemática da Criptozoologia: a crença e o conhecimento científico

O seguinte excerto foi retirado da obra de Júlio Verne, “20.000 Léguas Submarinas”. Trata-se de um diálogo entre três personagens; é o exemplo perfeito da problemática da Criptozoologia, ou seja, nesta pequena conversa amigável encontramos o acreditar no mito/lenda e o conhecimento empírico, que corresponde ao domínio da ciência.

Apesar de ter sido escrito em 1869, as suas temáticas continuam (muitíssimo) actuais…

«– Lamento muito – disse Conseil –, gostaria de ver um desses polvos de que tanto ouvi falar e que podem arrastar navios para o fundo dos abismos. A esses animais chamam krak…
– Nunca me farão acreditar que esses animais existem.
– Porque não? – perguntou Conseil. – Acreditámos no nerval.

– E errámos, Conseil.
– Sem dúvida, mas há-de haver muita gente que ainda acredita.
– É provável, mas, quanto a mim, só acreditarei na existência desses monstros quando os dissecar com as minhas próprias mãos.
– E o senhor, acredita nos polvos gigantescos?
– Quem alguma vez acreditou! – exclamou o canadiano.
– Muito gente, amigo Ned.
– Pescadores certamente que não. Talvez sábios!
– Mas eu afirmo que me lembro perfeitamente de ter visto – disse Conseil, com o ar mais sério do mundo – uma grande embarcação arrastada pelos tentáculos de um cefalópode.
– Viu isso? – perguntou o canadiano.

– Sim, Ned.
– Com os seus próprios olhos?
– Com os meus próprios olhos!
– E onde, se não se importa?
– Em Saint-Malo – respondeu Conseil, imperturbável.
– No porto? – perguntou Ned Land, irónico.
– Não. Numa igreja! – respondeu Conseil.

– Numa igreja! – exclamou Ned Land.
– Sim, meu amigo. Era um quadro que representava o polvo.
– Ah! – exclamou o canadiano, desatando a rir. – Essa tem muita piada.
– De facto, ele tem razão – disse eu. – Já ouvi falar desse quadro, mas o animal que representa foi tirado de uma lenda e sabem o crédito que se deve dar a lendas em matéria de história natural. Aliás, quando se trata de monstros, a imaginação não tem limites.»




20.000 Léguas Submarinas, by Júlio Verne, adaptado

03 maio 2008

Mongolian Death Worm -Larva da Morte da Mongólia




Nome:
A Larva da Morte da Mongólia é conhecida pelos nómadas do Deserto do Gobi como «allghoi khorkhoi», o que traduzido significa «intestino de vaca», já que o animal se assemelha a um intestino vivo. Devido ao nome original que lhe é atribuído, é muitas vezes confundida como um parasita intestinal, embora não o seja.

Descrição:
»Criatura avermelhada e com pequenas manchas escuras espalhadas pelo corpo;
»Mede entre 2 a 5 pés de comprimento (cerca de 61cm e 1,5m);
»Tão grossa como o braço de uma pessoa;
»A cabeça e a cauda são indistinguíveis, sendo por vezes descrita como tendo estruturas pontiagudas, semelhantes a espinhos em ambas as pontas.


Os relatos sobre este animal surgem-nos do sul do Deserto do Gobi, na fronteira entre a China e a Mongólia, uma das regiões menos exploradas em todo o planeta.

É descrita como sendo extremamente venenosa e mortal, sendo capaz de matar cavalos e camelos sem muita dificuldade. Tem a capacidade de cuspir o seu veneno, capacidade encontrada em várias cobras, embora nenhuma delas viva em ambientes semelhantes ao daquela zona da Ásia.

Passa a maior parte do ano debaixo da terra, vindo apenas à superfície nos dois curtos meses em que a chuva cai no Gobi.

Durante anos, os regimes comunistas impediram quaisquer buscas pelo animal, mas mesmo recentemente nenhuma tentativa de encontrar este verme mortal teve sucesso. A maioria dos relatos são consistentes , pelo devem ser considerados como prova de que existe um animal verdadeiro escondido nas vastas e longínquas areias do Gobi.

Em baixo, as areias do Gobi, mesmo a norte dos Himalaias, sobressaem do resto do verde da imagem.

30 abril 2008

A dúvida concreta!

Criptozoologia...uma ciência de fronteira...mas porquê?
A meu ver, esta ciência merece mais do que o estatuto de "ciência de fronteira", dado que já deu alguns contributos para o avanço científico.
Como é que é possível que a Exobiologia (ciência que estuda a vida extraterrestre) possa estar no mesmo plano de consideração que a Criptozoologia?



Se a Criptozoologia já fez descobertas (exemplo: o ocapi), é injusto que seja uma ciência de fronteira como a Exobiologia, que ainda não fez nenhuma descoberta concreta.
Deixo aqui a seguinte questão:

Será o contributo científico da Criptozoologia menosprezado?

por Nuno M. B. Delgado

27 abril 2008

Megalodon - o sonho de Steven Spielberg

Quase com certeza que muitos de vós já foram à praia. E gostam de boiar à superfície, calmamente, enquanto apanham uns banhos de sol e refrescam o corpo nas águas acolhedoras. Também já devem ter tido aquela sensação, aquele pensamento que por vezes nos acompanha, de que há algo lá no fundo, nas águas escuras por baixo do nosso corpo, que nos observa atentamente...


Numa situação dessas daríamos qualquer coisa para que não fossem os olhos de um Carcharodon megalodon que estivessem postos em nós. Embora a maioria dos cientistas pense que o maior carnívoro que já existiu esteja extinto, outros afirmam que o Megalodon continua a patrulhar calmamente os oceanos...

O maior carnívoro que já existiu viveu, provavelmente, entre 20 a 16 milhões de anos atrás. A sua recente popularidade deve-se, em grande parte, a vários romances que propõe que a espécie não está extinta. Proposta essa, que também partiu de alguns Criptozoólogos que acreditam, quase piamente, na actual existência do tubarão.


A Terra no tempo do Megalodon


As únicas provas que temos da sua existência são os dentes, vértebras e esqueletos parciais encontrados. Tal como os actuais tubarões, o esqueleto do Megalodon era principalmente constituído por cartilagem, daí ser bastante difícil encontrar fósseis deste tipo de animais. A maioria dos dentes encontrados assemelha-se em grande parte aos do moderno tubarão-branco (Carcharodon carcharias), diferindo simplesmente no tamanho, já que os do Megalodon são muito maiores. Quanto ao seu tamanho, apesar das divergências, pensa-se que medisse mais de 15 metros de comprimento, pesando cerca de 35 toneladas.




"podia engolir uma vaca de uma só dentada!"

Os fósseis foram descobertos em sítios muito variados: Europa, Malta, América do Norte e do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Índia. Na altura em que o Megalodon viveu, os oceanos eram muito mais quentes do que são na modernidade, daí ser possível encontrar vestígios da sua existência em regiões que hoje não sejam banhadas por águas quentes.

Pensa-se que o Megalodon se alimentava principalmente de baleias primitivas e que as caçava de um modo semelhante ao do actual tubarão-branco, ou seja, seguia a presa por baixo, até que, numa subida inesperada atacava o animal com uma única dentada, que devia ser muitas vezes fatal.

A comunidade científica concorda que a extinção do Megalodon se deveu a bruscas alterações climáticas e geológicas: no final do Plistocénico, muitas espécies de baleias migraram para os pólos e para outras zonas de águas mais frias, ficando fora do alcance do Megalodon. Posteriormente, na Primeira Idade do Gelo, o congelamento das águas fez com que as correntes marítimas se alterassem , resultando num recuo do nível das águas do mar em diversos locais que serviam de habitat ao Megalodon.

Muitos cientistas, seguindo vários avistamentos de tubarões gigantes, um pouco por todo o mundo, defendem a ideia de que o Megalodon não desapareceu do nosso mundo e continua a nadar nas profundezas dos mares. É justamente aí que entra a Criptozoologia.

A prova mais conhecida e aclamada, por assim dizer, que muitos usam como base para sustentar uma possível actual existência do Megalodon, foi a descoberta de dentes de tubarão de dimensões muito semelhantes às do Megalodon, mas que, ao contrário de todos os outros dentes encontrados, estes não apresentavam as características marcas de fossilização.

«Se os Megalodon viveram até à 10000 anos atrás, porque não até aos dias de hoje?». É esta a principal interrogação que os Criptozoólogos utilizam como fundamento. Há, no entanto, o contraponto. Isto é, muitos cientistas, depois da análise química e dos estratos geológicos onde foram encontrados esses dentes "frescos", concluíram que esse aspecto apenas se deve aos vários minerais que os rodeavam, conferindo-lhes um aspecto "menos fossilizado".

Há ainda, as provas circunstanciais das testemunhas oculares. Existem vários relatos de "um tubarão descomunal, por vezes branco, por vezes azulado e noutras ocasiões acastanhado com pequenas manchas na pele". Uma leitura atenta desses relatos mostra que muitos desses alegados "encontros" foram meras confusões com um animal bastante conhecido hoje: o tubarão-baleia, o maior tubarão existente.


Comparação de um Megalodon (cinza) com o actual tubarão branco e um mergulhador humano.


Um tubarão-baleia e um mergulhador humano.



15 abril 2008

Os mitos e as lendas


Durante anos a Humanidade serviu-se de histórias simples para explicar o mundo e a natureza. Essas histórias tinham a sua importância e o seu lugar nas respectivas culturas de origem e eram transmitidas ao longo dos tempos, por vezes atravessaram vários séculos, de boca em boca, por via oral. Os mitos e histórias atravessam culturas, são recontados e revividos constantemente, sempre de uma nova maneira. Estes mitos eram as histórias dos primórdios da cultura, sobre a forma como as pessoas viviam e como encaravam os fenómenos naturais à sua volta.
Muitos mitos são rejeitados pela ciência, visto que tem as suas explicações racionais para os fenómenos. No entanto, os mitos contêm ainda uma verdade: a da imaginação, embora esta não seja a verdade científica, impossível de se medir e de prever.




Em cima, os exemplos de uma pintura rupestre e de uma gravura em Foz Côa, demonstram muito bem que as palavras não eram os únicos meios utilizados para a transmissão da cultura. Na Criptozoologia e mesmo na reconhecida Paleontologia, as pinturas e vestígios deixados pelos nossos antepassados são, muitas vezes, uma importante prova para a existência de um animal.

Nos mitos, os animais entram normalmente ligados a juízos de valor e moral, quase como nas fábulas que todos ouvimos na nossa infância.

"Existe algo de poderoso nos mitos que transcende tanto a razão quanto as fronteiras de uma cultura"

Segundo Carl Jung, os mitos dão voz à verdade do nosso inconsciente, corporizando aspectos da criatividade, inteligência, sensibilidade e da história de um povo. E isso é bem visível quando comparamos fósseis de animais e monstros das lendas antigas.

1. As sereias

Os mitos e as lendas dos humanos-peixe atravessaram inúmeras culturas, mas tiveram maior importância nos povos que buscaram a sua sorte em longas viagens através do mar. São exemplo disso as lendas nórdicas e gregas, nas quais os marinheiros encontravam belos seres que os chamavam para as águas mortais. O próprio Colombo anotou no seu diário de bordo encontros com estes fabulosos animais.
Muito provavelmente nós, nos dias de hoje, ainda vemos as sereias. E chamamos-lhes muitos nomes Mas agora "elas" foram catalogadas pela ciência.
Golfinhos e manatins assemelham-se às descrições das lendas. Em todas elas, as sereias surgem-nos como "mulheres-peixe", no entanto as suas caudas de "peixe" surgiram nas mais antigas ilustrações extremamente semelhantes às caudas dos mamíferos marinhos.

Vamos fazer contas: sereias=caudas de mamíferos marinhos=golfinhos ou manatins


2. Unicórnios



Já todos ouvimos falar em unicórnios: aqueles cavalos brancos mágicos, com um só corno na testa. Durante séculos, especialmente durante a Idade Média, circulavam pelas cortes inúmeros exemplares de chifres de unicórnio, vindos das distantes terras do norte...

Vamos fazer mais contas: norte=países nórdicos=Mar do Norte e Oceano Árctico=narvais=corno

3. Dragões


A maioria dos mitos sobre dragões chegou à Europa vinda do Leste, das estradas e rotas comerciais que atravessavam toda a Ásia, incluindo o Deserto de Gobi. Actualmente este deserto é muito conhecido devido às imensas jazidas de fósseis animais, de dinossauros em especial.

Mais contas: fósseis=esqueletos de animais grandes=explicações simples da natureza=dragões



Nós e a B.C.S.C.C.

Ora portanto, depois de imensas tentativas relativamente desesperadas para contactarmos uma verdadeira associação de Criptozoologia, apenas o senhor John Kirk (o próprio presidente da BCSCC!!!!!) se dignou a responder...

Aqui está um selo canadiano, com uma representação do ogopogo, que para os comuns motais, é o Monstros do Lago Ness, do Lago Okanagan, na Colúmbia Britânica, Canadá.

Este simpático canadiano, neto de uma imigrante portuguesa, como nos chegou a confessar, rapidamente respondeu ao nosso desesperado mail "portuguese students need assistance!". Depois de nos dar umas linhas orientadoras, às quais nos agarrámos sem medos, ainda teve a paciência de nos conceder uma "entrevista" via mail:

G» Como é entrou em contacto com o mundo da Criptozoologia?

JK» O meu interesse resulta de um "encontro" com um animal desconhecido no Lago Okanagan, em 1987. Depois desta experiência, descobri a Criptozoologia e toda a sua área de estudos, com a qual tenho estado sempre intimamente envolvido.


G» O que o prende à sua profissão?

JK» A Criptozoologia não é a minha profissão! È, antes, uma área de interesse à qual eu dou muito do meu tempo livre. As possibilidades de viver única e exclusivamente da Criptozoologia são muito remotas, se não inexistentes. No entanto, continuo envolvido com a ciência devido ao entusiasmo que ela me dá e à esperança de vir a descobrir um qualquer novo animal.


G» Já descobriu algum novo animal?

JK» Não.


G» O que espera conseguir com as suas buscas e pesquisas?

JK» Tenho esperança em conseguir encontrar provas da existência, ou não, de animais e espécies que ainda não tenham sido encontradas pela ciência comum. Espero encontrá-los e dar-lhes o devido lugar nos livros de taxonomia.


G» Acha que os métodos utilizados pela Criptozoologia são cientificamente aprovados?


JK» Com toda a certeza. A Criptozoologia pode inserir-se na Zoologia e, como tal, terá de seguir as suas regras. Se isso não fosse feito significaria que não era um trabalho científico.


G» Tem algum críptido favorito?

JK» Vários, até. Mas em especial aqueles relacionados com a Columbia Britânica, tais como o Ogopogo, Sasquatch, cadborosaurus ou a salamandra gigante.

G» Disse-nos que não considerava os chupa-cabras como críptidos. No entanto, em muitas das nossas pesquisas e em alguns livros de autores reconhecidos, como o Loren Coleman, verificámos a permanência dos chupacabras como seres estudados pela Criptozoologia. Afinal, são, ou não, críptidos?

JK» Eu não concordo com o ponto de vista do Loren Coleman de que os chupa-cabras sejam críptidos. Para mim, não passam de um mito, já que os avistamentos desta "criatura" são apenas feitos por pessoas que falam espanhol. Se há apenas um grupo linguístico que faz os relatos, embora em diferentes e variados locais, apenas se pode concluir que a ideia dos chupa-cabras está ligada á cultura das populações e não à biologia.


G» Quais são os métodos utilizados na escolha de um novo animal para estudo?

JK» Normalmente é escolhido um animal com base nos resultados que se esperam obter com a pesquisa. Por vezes escolhemos um animal que tenha sido recentemente avistado, o que faz com que as probabilidades de o encontrarmos não sejam tão reduzidas.


G» Como classifica a relação da "ciência normal" para com a Criptozoologia?

JK» São uma e a mesma coisa. Sem a ciência normal a Criptozoologia não teria qualquer fundamento.


G» Será que depois da confirmação científica da existência de um animal outrora desconhecido, este deixa de ser interessante?

JK» Infelizmente, é isso mesmo que sucede. Quando algum animal é identificado, como que perde o interesse, o mistério desaparece e passa a ser «só mais um». De facto isso nota-se no exemplo das lulas gigantes. Desde que a sua existência foi confirmada pela Zoologia, o interesse do público e mesmo de muitos cientistas, sobre esse fantástico animal tem diminuído imenso.

30 março 2008

Polvo Vampiro

Aqui está mais um filme "estranho" (ou não)... Desta vez apresentamo-vos um polvo vampiro. É apenas um bicharoco bonito e parece ser simpático.... não sabemos porquê vampiro, mas o vermelho fica-lhe bem...



14 março 2008

Tilacino - The Movie

Um clássico de 1973 by Steven Spielberg. Achamos que esta foi a grandiosa obra que precedeu o famoso "Tubarão". Notam-se, aliás, as semelhanças no estilo de como o realizador capta a essência da cena e eleva a sensibilidade do espectador a um nível impensável....

A "criatura" do filme é um Tilacino (supostamente)...Pensem o que quiserem....

O Problema da Prova

Os nossos oponentes costumam dizer: “quando nos mostrares um cadáver, então acreditaremos”. O problema não tem origem em “acreditar ou não acreditar”. Por acaso um físico acredita nos átomos? Na realidade, o problema tem origem na natureza da prova. Como assinalou Bernard Heuvelmans, só há três tipos de prova: autóptica (a que toda a gente pode ver), a testemunhal (baseada nas afirmações de testemunhas) e a circunstancial (indícios acessórios).

Todo o conhecimento humano é baseado num destes três tipos de prova, predominando a prova do tipo circunstancial e sendo as provas autópicas bastante raras. A existência de partículas sub atómicas, a composição química das estrelas, a estrutura interna da Terra, a evolução das espécies, baseiam-se em provas circunstanciais. O mesmo sucede com a História: a existência de câmaras de gás nazis baseia-se em provas testemunhais (os testemunhos das pessoas que sobreviveram) e provas circunstanciais (por exemplo, a lista de comboios de Auschwitz, a compra de gás Zyklon B a companhias químicas, a construção de urnas crematórias). Na Paleontologia, a ciência dos animais extintos, raramente temos à nossa disposição o animal completo (com excepção dos mamutes que se conservaram congelados no permafrost - solo permanentemente gelado - da Sibéria ou os insectos capturados no interior de âmbar amarelo do Báltico): o mais normal é possuirmos apenas alguns fragmentos do osso, e, ás vezes, unicamente as pegadas do animal (Chirotherium).

Sem dúvida, a Criptozoologia e a Paleontologia são disciplinas relacionadas com a Zoologia; o seu objecto de estudo são os animais “ocultos” (tanto no espaço como no tempo), dos quais só possuímos um conhecimento fragmentário e cuja existência se baseia em provas circunstanciais. Os retratos robots dos animais misteriosos que a Criptozoologia estuda são tão verosímeis como podem ser as reconstruções de animais pré-históricos. E, finalmente, um paralelismo mais, é que a Criptozoologia estuda a possível sobrevivência de animais que supostamente se extinguiram em épocas geológicas passadas. Alguns dirão que a Criptozoologia não avança, que não deu nenhum fruto, o que não é verdade. Mas se a Criptozoologia não tivesse contribuído para o descobrimento de nenhuma forma animal desde que se tornou ciência, qual seria o problema? A Exobiologia, o estudo da vida extraterrestre, é considerada uma ciência, ainda que até ao momento não se tenha descoberto nenhuma forma de vida fora do nosso planeta.

Adaptado da Sociedad Española de Criptozoologia

Texto original de Michael Raynal

03 março 2008

LOBO DA TASMÂNIA


O Thylacinus cynocephalus, simplesmente conhecido por Lobo-da-Tasmânia, Tigre-da-Tasmânia ou tilacino, é um marsupial carnívoro original da ilha da Tasmânia, a sul da Austrália, e da Nova-Guiné.

Apesar do seu nome, o tilacino não está relacionado nem com os tigres (família dos felinos), nem com os lobos (família dos canídeos), provindo sim, da infraclasse dos marsupiais.

Vivendo num continente relativamente afastado de todos os outros, o tilacino rapidamente se tornou no predador do topo da cadeia alimentar, naquele frágil ecossistema. No entanto, com a introdução de cães domésticos, trazidos pelos colonos asiáticos, os actuais dingos, o equilíbrio ecológico sofreu um grande abalo, e a espécie foi obrigada a migrar para a ilha da Tasmânia, livre da concorrência dos dingos. E foi na sua nova e última casa que encontram o derradeiro inimigo: o Homem.

Perseguidos até à extinção pelos colonos britânicos, por serem considerados uma ameaça para os rebanhos, pensa-se que o último tilacino morreu no Jardim Zoológico de Hobart a 7 de Setembro de 1936.

Fisicamente, o Lobo-da-Tasmânia possuía forma e tamanho semelhantes ao dos cães podengo, focinho comprido e afilado, orelhas erectas e pontiagudas. No dorso, tinha listas pretas verticais, como que lembrando as de um tigre. De acordo com a anatomia comparada, o Lobo-da-Tasmânia é um dos mais espectaculares exemplos da evolução convergente em mamíferos, devido às suas semelhanças com os canídeos. Até mesmo a estrutura craniana é semelhante, diferindo apenas em pormenores relacionados com a dentição. Esta parecença deveu-se ao facto de os tilacinídeos terem preenchido o nicho ecológico que era ocupado pelos canídeos noutras partes do mundo, tendo-se adaptado a um ambiente semelhante, acabando por adquirir adaptações similares.

Foi no fim da última Idade do Gelo (fim do Pleistocénico e início do Holocénico) que o moderno tilacino se espalhou pela ilha da Austrália, chegando mesmo à Nova Guiné.

Desde 1990, pelo menos sete diferentes espécies de tilacinos forma descobertas, sendo o Nimbacinus dicksoni o mais antigo (remonta a 23 milhões de anos atrás). Dessas sete espécies, o Thylacinus potens (tilacino potente -a maior espécie de tilacinos conhecida)) foi o único a sobreviver até ao Miocénico, originando depois, a espécie moderna.

Apesar das semelhanças físicas, o tilacino e os canídeos apenas possuíam uma coisa realmente em comum: ocupavam o mesmo lugar destacado nas cadeias alimentares dos seus ecossistemas. Lugar esse que nunca fora ameaçado até ao aparecimento dos cães selvagens, vindos da Ásia, trazidos pelos primeiros colonos, há cerca de 10000 anos atrás.

Sendo um caçador activo, o tilacino alimentava-se maioritariamente de pequenos animais, como algumas espécies menores de cangurus, equidnas, wombats e algumas aves, mas por vezes, em casos mais extremos, chegava a comer carne de animais mortos. Os cães selvagens, com uma constituição física bem mais possante que o tilacino, conseguiam alimentar-se de uma maior quantidade de presas, muitas delas fazendo parte da parca dieta do Lobo-da-Tasmânia. Assim, os invasores canídeos possuíam uma relativa vantagem sobre o marsupial nativo.

Como marsupiais que eram, as crias dos tilacinos eram muito mais frágeis à nascença do que as dos seus mais directos adversários, havendo uma grande vantagem a favor dos invasores
caninos.

Assim, não conseguindo competir de igual para igual com a crescente população de cães selvagens (chamados dingos), os tilacinos migraram para sudeste, até à ilha da Tasmânia. Aí permaneceram relativamente seguros, longe da competição com os dingos, até à chegada dos primeiros colonos europeus, no século XVIII.

Numa época em que poucos se importavam com a natureza, qualquer espécie, herbívoro ou carnívoro, que parecesse ameaçar a agricultura e criação de gado, era considerada uma praga, e por conseguinte, um entrave ao "progresso". À desflorestação de grandes áreas para serem utilizadas como pastos para a criação de rebanhos, seguiu-se a perseguição dos tilacinos, injustamente acusados do crime de atacar os extensos rebanhos de ovinos.

O próprio governo dava avultadas recompensas pela captura desses "caçadores de ovelhas", e assim a espécie foi brutalmente perseguida. Os indivíduos vivos eram vendidos a jardins zoológicos por todo o mundo, enquanto que os mortos eram trocados pelas recompensas oferecidas pelo governo.


Tudo isto, aliado a uma misteriosa e súbita doença que assolou a espécie, levou a uma drástica diminuição dos seus números. Por volta de 1914, mais de 2000 lobos-da-tasmânia tinham sido massacrados e a espécie continuou a diminuir em número até se extinguir, por fim.




Sabe-se hoje, que último indivíduo da espécie (Benjamin) morreu na noite de 7 de Setembro de 1936, devido ao tempo que esteve exposto ao ar gélido que se fez sentir naquele Inverno, no jardim zoológico de Hobart, Tasmânia.

Ironicamente, foi nesse mesmo ano que os tilacinos receberam, por decreto de lei, protecção do governo. Benjamin, o último Lobo-da-Tasmânia, foi o primeiro a receber o estatuto de protegido pela Lei.

Apesar de ser oficialmente considerado extinto, não têm sido poucas as tentativas de encontrar espécimenes vivos. De facto, recentemente, muitas expedições têm sido enviadas em busca de sobreviventes, mas sempre que regressam nada de novo têm a acrescentar. Mesmo assim, ao longo de todos estes anos também tem havido várias pessoas que afirmam ter avistado um espécimen vivo.

02 março 2008

Ocapi

Deixamos aqui um exemplo de um animal "esquesito" no mínimo: o ocapi. Meio zebra, meio girafa, meio burro?

PS.: O okapi era considerado um espírito da floresta até a sua existência ter sido comprovada cientificamente. Colocamos então a questão de que por que é que um "ser" investigado pela criptozoologia é considerado uma história da Carochinha, mas quando é catalogado pela zoologia passa a ter estatuto de espécie e é aceita na comunidade científica?

22 fevereiro 2008


Fizemos hoje uma tentativa de chamar o nosso blog à atenção.... Espalhámos por tudo o que foi canto da nossa escola uma série de cartazes com a nossa morada electrónica... esperemos que sirva de alguma coisa...

29 janeiro 2008

A Borboleta Prevista Por Darwin

Será realmente possível detectar um animal sem que este tenha sido observado e capturado pelos cientistas? A resposta é sim. Para o demonstrar temos o exemplo da borboleta nocturna, cuja existência tinha sido prevista por Charles Darwin. A história deste insecto data já desde 1861, quando Darwin se apercebeu de que o néctar de Angraecum Sesquipedale – uma das muitas espécies de orquídeas em Madagáscar -estava a armazenado no final de um tubo nectário de 28 cm de comprimento.
Darwin sabia que o néctar desta flor devia servir de alimento a algum insecto que possuía uma trompa que poderia ser introduzida no nectário, de modo a chegar ao fundo e absorver o néctar. Para surpresa do cientista inglês nenhum dos insectos conhecidos em Madagáscar tinha uma trompa suficientemente comprida para alcançar o néctar desta orquídea, o que conduziu à descoberta de uma borboleta nocturna desconhecida provavelmente uma esfinge – cuja trompa devia ter aproximadamente 25 a 30 cm de comprimento. Apenas estas borboletas conhecidas como esfinges, têm uma trompa com dimensões tão grandes.
Anos mais tarde, tendo por base os trabalhos de Darwin, outros autores escreveram que o lepidóptero desconhecido de Darwin tinha que estar estritamente aparentado com a Xanthopan morgani, uma esfinge que também habita a ilha de Madagáscar. Por razões óbvias este novo insecto foi baptizado com o nome de Xanthopan Morgani Praedicta: a borboleta prevista.

Adaptado da Sociedade Espanhola de Criptozoologia

25 janeiro 2008

Antecedentes Históricos da Criptozoologia - Introdução

Animais considerados durante muito tempo imaginários; outros que passaram de mitos para os livros de Zoologia: aqui expomos a historia de algumas criaturas cuja existência se conhecia muito antes de serem admitidas pela ciência ou que se descobriram através de um método exclusivamente criptozoológico. No seu conjunto, estes exemplos conferem uma razão de existência à Criptozoologia.

Por vezes, a história do seu descobrimento começou com uma simples pena; outras, com o testemunho dos nativos de alguns sítios remotos do mundo e , em algumas ocasiões, o que desencadeou a sua busca e consequente captura, não foi mais do que uma simples frase obscura escondida nos livros de antigos exploradores.

Adaptado da Sociedade Espanhola de Criptozoologia

22 janeiro 2008

Introdução à Criptozoologia

Criptozoologia? O nome, ao princípio, provoca sempre o mesmo efeito de espanto em todos o que o ouvem: O que raio é isso?

Ora a Criptozoologia é uma ciência de "fronteira" - sim, ciência de "fronteira" pois não possui o estatuto de ciência comprovada - que se dedica à procura/estudo de animais ainda desconhecidos, alguns dos quais não passam de meras invenções da mente humana e do folclore. Mas até que ponto é que a realidade e ficção se distinguem? Bem, é aí que entra a Criptozoologia...

Os contributos para esta "ciência" provêm de especialistas de outras áreas, nomeadamente Biólogos. Infelizmente, os que se dedicam à Criptozoologia vêem-se, muitas vezes "sozinhos", pois do Estado não há qualquer tipo de apoio financeiro.

Pode-se então definir a Criptozoologia como uma "ciência de fronteira", que luta para se fixar como ciência comprovada e plausível...